Ameaças ao coração vão além do Covid-19 durante a pandemia
Mês a mês, desde que se iniciou a pandemia pelo novo coronavírus, observamos o aumento do número de pessoas em busca de prontos-socorros e ambulatórios com sintomas da Covid-19. Por outro lado, com o distanciamento social, caiu significativamente a frequência de consultas médicas por outras condições clínicas, como as doenças cardiovasculares.
Apesar de pacientes com doenças cardiovasculares serem parte do grupo de maior risco para Covid-19 e suas potenciais complicações, no Brasil, a redução de atendimentos desde o início do isolamento parece ter ficado entre 40 e 50% no mês de maio, de acordo com pesquisa da Rede Brasil AVC. Ao que tudo indica, há dois cenários que que contribuem para isso: o medo de sair de casa e contrair o vírus e o altruísmo dos que entendem a atual sobrecarga do sistema de saúde e preferem não acionar esses serviços, como forma de priorizar a atenção médica aos infectados pela Covid-19.
Entretanto, as doenças cardiovasculares se configuram como a causa principal de morte na população em nosso meio, e precisam de tratamento contínuo e específico, que não pode ser abandonado devido a circunstâncias externas. Em condições normais, após um ano de tratamento, mais da metade dos hipertensos já abandonou o uso de medicação para controlar a pressão arterial elevada. Tais atitudes só agravam a situação. Não raramente, pessoas em isolamento social tendem a descuidar da saúde e a adiar a consulta ao médico por dificuldade de acesso ao serviço de saúde. Portanto, é de grande importância que o tratamento das doenças crônicas não transmissíveis, O médico, por sua vez, precisa estar disponível para dialogar com o paciente e esclarecer da melhor forma possível suas dúvidas e questionamentos. Distanciamento social não pode ser sinônimo de quebra da boa e profícua relação médico-paciente, que é tão valorizada pela medicina atual. Fonte: Veja #informativosindsaerc #acsace
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