Governo Federal investe R$ 335 milhões para ampliar o cuidado e prevenção à prematuridade
Recursos serão destinados para ampliar acesso e cuidado de gestantes e
prematuros no SUS, além de melhorar estrutura das maternidades públicas no país
O Governo Federal está
investindo mais de R$ 335 milhões para ampliar o cuidado às gestantes e
recém-nascidos no mês da prematuridade. “Juntos Pelos Prematuros – Cuidando do
Futuro”, é uma iniciativa que visa fortalecer as ações para qualificação do
cuidado neonatal no Brasil. A medida ocorre em alusão ao ‘Novembro Roxo’, mês
de prevenção da prematuridade no país. O objetivo é sensibilizar a sociedade em
torno do tema e ampliar o acesso à rede de apoio materno infantil no SUS. O
anúncio foi feito pelo ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, durante cerimônia
na quinta-feira (26). O evento também contou com a presença da ministra da
Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves.
“A equipe
do Sistema Único de Saúde está unida, estamos juntos nesta missão. Nosso SUS é
um grande orgulho para o Brasil. Os investimentos nos cuidados maternos
infantis representam cuidado, atenção e carinho para nossas mães, pais e
crianças. Nosso sistema de saúde está atento no cuidado integral, desde o
descobrimento da gravidez, até o parto e pós-parto. Este é o trabalho do SUS”,
destacou o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello.
Parte
dos recursos, cerca de R$ 324,5 milhões, serão destinados para readequação de
692 maternidades no país. A verba poderá ser utilizada para melhorar a
estrutura, ampliar o acesso e qualificar o atendimento desses serviços na
assistência e acompanhamento a gestantes e recém-nascidos durante a pandemia da
Covid-19 no país. A medida foi publicada pela portaria nº 3186,nesta sexta-feira (27/11).
“O sonho
que hoje se realiza é uma junção de forças. É desta forma que vamos ajudar
essas crianças a ter qualidade de vida”, destaca a ministra da Mulher, da
Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves. “É necessário um olhar
diferenciado para os bebês que nascem no nosso país. Olhar os avanços no nosso
sistema de saúde, significa fortalecer o trabalho dos nossos médicos no dia a
dia, com o olhar não só nos números, mas nos cuidados com o pré-natal, para
reduzir o número de mortalidade em nosso pais”, reforçou a ministra.
Além disso,
serão ainda repassados cerca de R$ 8 milhões por meio da estratégia QualiNEO,
uma iniciativa do Governo Federal que visa qualificar a atenção e cuidado ao
recém-nascido nas maternidades brasileiras, reforçando a perspectiva do cuidado
em rede, mais integração das estratégias de atendimento e redução das taxas de
mortalidade em bebês de até 28 dias de vida. O investimento poderá ser
utilizado para a expansão e qualificação das maternidades de todo o país.
O
fortalecimento da Política Nacional de Aleitamento Materno e Bancos de Leite
Humano também é prioridade do Governo Federal. O Ministério da Saúde investirá
aproximadamente R$ 4,3 milhões para apoiar e qualificar essas ações nos
estados. A iniciativa visa ampliar as medidas para promoção, proteção e
apoio da rede de aleitamento materno, por meio dos bancos de leite e da
assistência ao recém-nascido prematuro e sua família.
ASSISTÊNCIA ÀS GESTANTES E
RECÉM-NASCIDOS NO SUS
As ações
para a qualificação da assistência à gestação se iniciam nos serviços da
Atenção Primária no Sistema Único de Saúde. Este nível de atenção é capaz de
resolver até 80% dos problemas de saúde da população, além de ofertar de forma
gratuita e integral todo o acompanhamento pré-natal das gestantes. Quando
necessário, há o encaminhamento da gestante ou do bebê para a atenção
especializada.
Para
o secretário de Atenção Primária à Saúde, Raphael Parente, “mais de 50% dos
partos prematuros podem ser evitados. É muito importante reforçar o
acompanhamento da gestação desde o início, principalmente na pandemia, para que
o acompanhamento e o momento do parto sejam feitos com a maior segurança possível”,
reforçou o secretário.
"A
oferta e manutenção de uma estrutura robusta e constante para cuidar os bebês
prematuros reforça a missão primordial do SUS, que é salvar vidas”, afirma o
Secretário de Atenção Especializada a Saúde, Luiz Otavio Franco Duarte. Em
2020, a pasta investiu 207 milhões na habilitação e qualificação de leitos de
gestação de alto risco e 340 milhões em habilitação e qualificação de UTI
Neonatal. De 2019 a 2020, mais de 15 milhões foram investidos em testes do
pezinho no âmbito do SUS.
MÊS DA PREMATURIDADE
Além
dos investimentos, o mês de novembro foi marcado pela transmissão de diversos
eventos online sobre ações voltadas para o cuidado
neonatal. Conteúdos informativos também foram divulgados nas redes oficiais do
Ministério da Saúde, com o objetivo de mobilizar a população brasileira para a
prevenção e atenção à prematuridade. No Brasil, cerca de 340 mil bebês, em
média, nascem prematuros todos os anos, o equivalente a 931 por dia ou a seis
nascimentos a cada 10 minutos antes das 36 semanas.
Dados
oficiais do Sistema de Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde apontam que 55%
dos óbitos infantis poderiam ser evitados a partir da atenção à gestação, parto
e recém-nascido. Circunstâncias como o atraso no diagnóstico da condição materna
que gerou o nascimento prematuro, dificuldades na referência hospitalar e no
acesso a exames, demora na identificação de problemas com o feto, além da
ausência de avaliação estão permanentemente associados à prematuridade.
METAS
O Brasil
assumiu importantes metas para os objetivos de desenvolvimento sustentável até
2030, como reduzir a taxa de mortalidade infantil neonatal para 5,3 por 1.000
nascidos vivos e reduzir a taxa de mortalidade na infância de 15,8 para 8,3 por
1.000 nascidos. Outro objetivo é reduzir a taxa de mortalidade materna em
51,7%, o que corresponde a 30 mortes maternas por 100.000 nascidos
vivos.
INVESTIMENTOS NA REDE DE
CUIDADO MATERNO INFANTIL
O
Ministério da Saúde tem investido em toda a rede de cuidado materno e infantil
no Brasil, propondo melhorias no atendimento às mulheres durante a gravidez, o
parto e o pós-parto e também ao recém-nascido. Até 2019, a pasta já destinou
mais de R$ 300 milhões para qualificar os serviços ofertados desde o
planejamento familiar, pré-natal, parto e pós-parto, e aos cuidados com a
criança a partir do nascimento seguro, crescimento e desenvolvimento saudável.
Em 2020, a
pasta investiu mais de R$ 3,7 milhões em reformas de leitos de Unidade de
Cuidados Intermediários Canguru (UCINCa), R$ 18,3 milhões em reforma e
equipamentos para os Bancos de Leite Humano e R$ 7 milhões para ambiência e
equipamentos para as Casa da Gestante Bebê e Puérpera e os Centros de Parto.
O Brasil
conta hoje com 270 serviços hospitalares habilitados para o cuidado materno
infantil, que se dividem em centro de referência à Gestação de Alto Risco, Casa
de Gestante, Bebê e Puérpera e Centros de Parto. O país também conta com 222
Bancos de Leite Humano, 216 Postos de Coleta de Leite, 4.814 leitos de Unidade
de Tratamento Intensivo Neonatal, 3.121 leitos de Unidade de Cuidados
Intermediários Neonatal Convencional e 945 leitos de Unidade de Cuidados
Intermediários Neonatal Canguru.
MANUAL DE CUIDADO ÀS GRÁVIDAS E
PUÉRPERAS
Para
ampliar e fortalecer o atendimento às gestantes no SUS durante a pandemia da
Covid-19, o Ministério da Saúde lançou em agosto o Plano de Apoio à Gestação e Puerpério Saudáveis, que destinou
cerca de R$ 260 milhões para apoiar estados e municípios no reforço ao
acompanhamento de gestantes e no pós-parto. A medida visa garantir o cuidado
adequado durante a pandemia, com ações estratégicas, como busca ativa e
monitoramento das mulheres com suspeita ou confirmação de síndrome gripal,
síndrome respiratória aguda grave ou sintomas de Covid-19; incentivar testagem
para diagnóstico precoce; ampliar o acompanhamento pré-natal, entre outras
ações.
Organizar o
ambiente dos serviços de saúde para um melhor fluxo de acolhimento seguro no
pré-natal, parto e pós-parto, também está entre as ações. A pasta também
repassou recursos adicionais para as Casas da Gestante, Bebê e Puérpera em
funcionamento, para viabilizar o isolamento e distanciamento de gestantes e
mulheres no pós-parto, que não disponham de condições de distanciamento em
ambiente domiciliar.
As
gestantes e puérperas são mais vulneráveis a infecções e, por isso, são
classificadas como grupo de risco tanto para a Covid-19 quanto para o vírus da
gripe. Portanto, os cuidados com gestantes e puérperas devem ser
rigorosos e contínuos, independentemente do histórico clínico das
pacientes. Fonte: M.S #informativosindsaerc #acsace #direito #sus
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